Cultura inclusiva – Ambiente de trabalho flexível e acessibilidade

Tendências
Respeitar as especificações das áreas de circulação, mantendo as amplitudes necessárias para que pessoas com deficiência, incluindo as que utilizam cadeiras de rodas, possam se locomover é indispensável.

Empresas que aderiram à Agenda ESG têm voltado o olhar para as questões de diversidade, buscando garantir que qualquer trabalhador, independentemente da geração, origem étnica, religião, orientação sexual, gênero e capacidades físicas, possa se sentir acolhido em um ambiente de trabalho agradável, respeitador e diverso. Essa é a cultura inclusiva, que vem positivamente ganhando espaço no cenário corporativo brasileiro, e, hoje, enfatizaremos as questões de acessibilidade!

Como a arquitetura pode contribuir para a construção de ambientes acessíveis? O primeiro passo é identificar e reconhecer as legislações que fundamentam todo esse contexto, entre elas a Lei nº 8.213/91, conhecida como Lei das Cotas, que exige que companhias com pelo menos 100 empregados tenham de 2% a 5% do grupo composto por pessoas com deficiência.

Porém, se essa lei está aí para ser cumprida, a estrutura interna e externa dessas empresas precisa estar apropriada. E então há a Lei nº 10.098/2000 e a Lei nº 13.146/2015 que devem ser analisadas.

Neste ambiente, projetado com mobiliário da RS Design, temos cadeiras com rodízios que podem rapidamente ser retiradas para permitir o uso do espaço por uma pessoa em uso de cadeira de rodas.

Dando sequência à estrutura que consegue acolher o trabalhador com deficiência, é preciso mencionar as normas da ABNT sobre acessibilidade. São diversas regras sobre edificações, que devem ser observadas na hora de elaborar um layout de escritório.

Algumas normas dizem respeito às incorporadoras na hora da construção dos edifícios. Já outras devem ser de conhecimento do arquiteto ou designer de interiores responsável pelo projeto corporativo, pois envolvem mobiliário, espaços e equipamentos. Como exemplo, destaque para a NBR 9050/2020 que tem 160 páginas e aborda, entre diversos outros tópicos:

  • Largura mínima para corredores conforme o fluxo de pessoas.
  • Dimensões de referência para deslocamento de pessoas em pé (com bengalas, andadores, muletas e cão-guia) e para pessoas em cadeira de rodas, o que inclui a especificação da área de circulação e manobra.
  • Definições sobre mobiliários na rota acessível (móveis com altura entre 0,60m e 2,10m do piso podem representar riscos para pessoas com deficiência visual, por exemplo).
  • Definição de que todo mobiliário deve atender aos princípios do desenho universal.
  • Quais as áreas de alcance das pessoas em cadeira de rodas em superfícies de trabalho.
  • Como devem ser estipuladas as mesas e superfícies de trabalho e também as mesas e superfícies para refeição.
  • Quais as especificações de iluminação ao longo da rota acessível.
  • Detalhes sobre a instalação de degraus e escadas.
A estação de trabalho Made, da RS Design, é um bom exemplo de bancada compartilhada que pode ser utilizada em um projeto de acessibilidade corporativa.

Um ambiente de trabalho flexível – tendência na era corporativa moderna – naturalmente já tem mais dinamismo para atender às necessidades das pessoas com deficiência. Mas não é todo ambiente flexível que é acessível. O projeto precisa ser pensado sob essa ótica e, justamente por isso, a participação de um arquiteto ou designer de interiores especialista na elaboração de projetos corporativos é essencial. Afinal, não basta um espaço parecer flexível, é importante que realmente permita a prática da flexibilidade para que as pessoas sintam o quanto foi pensado para elas.

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