Como a arquitetura pode melhorar os índices de estresse no Brasil?

Neuroarquitetura

Crédito: Freepik

O mundo está preocupado com os níveis de estresse de suas populações e o Brasil ocupa uma colocação nada agradável na listagem dos países mais estressados: segundo lugar, atrás apenas do Japão.

A pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma-Brasil) indica que somos o segundo povo mais estressado do mundo e que o que mais estressa o brasileiro é o trabalho, situação indicada por 69% dos entrevistados. Com nove em cada dez brasileiros atuantes no mercado de trabalho apresentando algum sintoma de ansiedade, desde o grau mais incipiente até o mais incapacitante, o que causa essa sensação de cansaço e de desânimo tão grande? Longas jornadas, sobrecarga de tarefas e a tensão do ambiente corporativo.

E se um dos grandes problemas da rotina dos trabalhadores é a tensão que se forma dentro do escritório, é preciso modificar o clima do ambiente profissional a fim de prover mais qualidade de vida a todos os que ali convivem durante 1/3 de suas vidas.

E a arquitetura e o design do espaço de trabalho têm total interferência nesse aspecto. Ambientes desorganizados, com uma paleta de cores inapropriada e que isolam os profissionais criando distância e afastamento entre os pares contribuirá negativamente com a agradabilidade do local.

Uma outra pesquisa, desta vez realizada pela Euromonitor em 20 países, mostra que o povo brasileiro é o que mais se preocupa em controlar o nível de estresse. Com 61% dos entrevistados considerando que esse controle é indispensável para manter uma saúde em dia, temos um cenário em que a cultura é buscar melhorias. Sendo assim, a vantagem está em poder contar com a colaboração dos times para a construção de ambientes mais aconchegantes, motivadores e saudáveis.

Se transtornos mentais e emocionais são a segunda causa de afastamento do serviço, como o investimento na infraestrutura do espaço pode contribuir para que as pessoas trabalhem com mais qualidade e mais motivação? Em entrevista à Revista Exame, a neurocientista Carla Tieppo, da Santa Casa de São Paulo, declarou que “a informática fez com que tivéssemos mais controle de nossa vida, mas isso implica maior carga cerebral”. Estar conectado o tempo todo gera ansiedade e aí podemos apostar em uma solução arquitetônica para aliviar esse ponto.

 

Investir em salas de descompressão, de relaxamento ou mesmo em espaços para que os profissionais possam dedicar alguns minutos do seu dia à meditação e mindfullness são alternativas realmente eficientes. Quando o ambiente oferece essa possibilidade, o trabalhador sente-se mais confortável em investir um tempo maior em si mesmo e em sua sanidade mental.

Quando refletida no espaço físico, essa preocupação em manter a saúde psicológica dos trabalhadores gera ainda mais resultados positivos. O investimento em ambientes humanizados que reconhecem as necessidades dos profissionais e contribuem para que o relacionamento interpessoal seja prazeroso, gera lucro. Pessoas saudáveis, física e mentalmente, são pessoas motivadas. E pessoas motivadas produzem mais e com mais qualidade.

O Espaço do Arquiteto vem abordando essa necessidade de humanizar os ambientes de trabalho ao desenvolver diferentes temas que vinculam o poder da arquitetura à construção de escritórios mais humanos e saudáveis. Confira alguns assuntos clicando abaixo:
Brasilidade
Senso de pertencimento
Poder do ambiente
Natureza e produtividade
Ergonomia
Relacionamentos interpessoais
Cinco sentidos humanos

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