Arquitetura corporativa para os cinco sentidos humanos

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Crédito: Divulgação RS Design

Estudar o ser humano e seu comportamento há tempos integra a rotina dos arquitetos e designers de interiores. Ao insistirmos a evolução da arquitetura corporativa que, atualmente, está empenhada em criar ambientes de trabalho capazes de proporcionar sensações positivas e de bem-estar coletivo, precisamos lembrar que o homem sintetiza suas emoções e interage com o mundo externo por meio de cinco sentidos.

Agradar a esses cinco sentidos faz com que o projeto arquitetônico avance consideravelmente rumo à conquista dos resultados esperados, dentre eles a constituição de uma equipe motivada e produtiva.

Na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, o trabalho final de graduação de Renata Mendes Guedes e João Carlos César, disponível no portal da instituição, traz justamente um estudo sobre o tema. No texto, os profissionais declaram que “a importância dos cinco sentidos para percepção da arquitetura é essencial, uma vez que os sentidos são a ligação entre o corpo humano e o ser humano”.

Essa declaração é interessante para os arquitetos que acompanham toda a evolução da arquitetura corporativa e que concordam que o capital humano da empresa é a principal fonte de inspiração durante a construção dos projetos. O homem é o elemento central de todas as decisões e é para ele que todos os espaços são programados e construídos.

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A visão é o principal sentido, porém a arquitetura precisa pensar também em agradar os outros sentidos. Crédito: Divulgação RS Design

Os cinco sentidos – É preciso fugir do pensamento habitual de que a arquitetura deve agradar exclusivamente a visão. Ao adentrar um espaço construído, é natural que o primeiro impacto do usuário se dê pela visão e é por isso que a estética do ambiente deve ser muito bem pensada, pois é a partir dela que serão despertados todos os outros sentidos. É para agradar a visão que a iluminação deve ser bem projetada, bem como a cartela de cores que será utilizada no ambiente e a combinação de texturas e objetos decorativos.

Partamos, então, para o olfato. O comércio, principalmente o comércio de luxo, já aderiu a inserção de fragrâncias próprias para criar, no cliente, uma identificação gostosa com a marca. A contratação de profissionais especialistas na criação de fragrâncias para definir um cheiro específico para cada empresa é um ponto bastante interessante.

O terceiro sentido, a audição, é um sentido importantíssimo para o ambiente corporativo. A acústica tem interferência direta na produtividade das equipes. Locais muito barulhentos, onde os sons reverberam demais, causam desconforto. Há construções que mesmo quando há apenas três pessoas conversando, o som repercute de uma forma que incomoda exageradamente. Além de garantir que a acústica do espaço seja excelente, dependendo do ramo de atuação da empresa, é possível pensar em uma música ambiente agradável a todos os gostos e que gere uma sensação de aconchego quando o profissional sai do caos da rua e entra em seu espaço de trabalho.

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A inserção de sofás acústicos (sofás booth) nas áreas de staff é interessante para quem precisa realizar um trabalho mais focado e precisa ter o ruído do ambiente amenizado. Crédito: Divulgação RS Design.

No ambiente corporativo, muitas vezes o paladar é acionado apenas na área de copa e refeitórios. Mas espalhar pontos de café com biscoitinhos e pequenos snacks pelo ambiente é muito proveitoso. Aqui reforça-se a máxima de que ambientes corporativos modernos são ambientes flexíveis e até mesmo uma reunião mais informal pode ser feita em uma área de café.

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“Points” de café nos diversos ambientes da empresa são ótimos locais para os profissionais se encontrarem e trocarem experiências. Ao satisfazer o paladar, as pessoas ficam mais animadas e prontas para terem insights sobre as questões da empresa. Crédito: Divulgação RS Design.

E, finalmente, chegamos ao último sentido: o tato. Ao trabalhar com espaços de trabalho menos frios e que se assemelham cada vez mais às nossas residências, é preciso pensar na importância das texturas para o dia a dia. Ao chegar em casa após um dia cansativo de trabalho, é natural que todos busquem um sofá confortável e macio. Assim, o espaço corporativo que opta por ter uma área de relaxamento, também deve considerar um sofá confortável e macio. O toque é importante, pois acomodar-se em um local frio ou em um local acolchoado e quente traz sensações totalmente diferentes.

Além disso, as bancadas de trabalho também devem ser pensadas “pelas mãos”. O toque em uma mesa de vidro é completamente diferente do toque em uma mesa de madeira. E o toque em uma madeira natural, então, é muito mais agradável. Oferecer contato com estes materiais mais orgânicos e que remetem à natureza é uma estratégia bastante eficiente para promoção do bem-estar.O que o seu cliente quer proporcionar para seus colaboradores?

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Mesa com madeira natural e design orgânico que transmite um toque agradável. Crédito: Divulgação RS Design.

De forma geral, ao colocar o ser humano no centro das atenções dos projetos, sejam eles residenciais ou corporativos, é preciso analisar como esse ser humano se comportará no ambiente. E, para isso, é indispensável pensar em como o espaço projetado despertará todos os cinco sentidos.

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