Design Thinking – O que é e por que envolve a arquitetura

Projetos corporativos

Muitos de nós já ouvimos falar em Design Thinking, mas nunca paramos para entender realmente o que é esse conceito e como ele pode impactar a nossa rotina profissional. Sendo assim, vamos mergulhar neste termo que tem sido fonte de inspiração e até mesmo ferramenta de inovação.

Diferentemente do que muitos podem pensar, o Design Thinking não está unicamente relacionado com profissões vinculadas à desenho e arte. É, na verdade, uma forma de pensamento dedicada à resolução de problemas e desenvolvimento de produtos e soluções baseada nas metodologias e processos cognitivos utilizados pelos designers. Ou seja, aplicar o Design Thinking significa envolver – no seu método – ações como brainstorm, pesquisa e seleção de ideias.

O termo, que se popularizou devido a duas personalidades imersas no Vale do Silício – David Kelley, professsor da Universidade de Stanford e fundador da consultoria IDEO, e Tim Brown, atual CEO desta mesma consultoria e autor do livro Design Thinking: Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim das Velhas Ideias – também é extremamente aplicável à projetos arquitetônicos corporativos. Principalmente neste momento em que utilizamos constantemente os estudos da neuroarquitetura para a construção de espaços de trabalho cada vez mais humanizados e saudáveis.

Segundo Tim Brown, “Design Thinking é uma abordagem para a inovação, centrada no ser humano e baseada no escopo de ferramentas do designer que visa a integração das necessidades das pessoas às possibilidades tecnológicas e aos principais requisitos para o sucesso do negócio”. É como ele define o termo em seu livro mais conceituado.

A chave para utilizar o Design Thinking para projetar ambientes corporativos está em planejar as melhores soluções tendo, como ponto de partida, as necessidades de cada cliente e não apenas um formato pré-definido pela história. Devemos sempre começar definindo o que é desejável para, então, seguirmos pelas análises do que é tecnicamente possível e economicamente viável.

Na prática, o Design Thinking é a somatória de empatia com colaboração e experimentação. Confira cinco etapas paraaplicá-lo em projetos corporativos:

  1. Empatia é a palavra-chave. Ter a capacidade de se colocar no lugar do outro é um excelente caminho para a compreensão das necessidades pontuais de cada posto de trabalho em um ambiente corporativo. É preciso vivenciar um pouco da rotina do escritório para saber como (e quanto) cada profissional se movimenta, o que ele usa de ferramentas, quais os horários em que precisa se concentrar, e quando busca socializar e interagir com seus pares. Um ponto que o Espaço do Arquiteto sempre reforça e que, mais uma vez, deve ser lembrado é que as empresas são organismos vivos e dinâmicos e somente quem está ali no dia a dia entende a rotina e quais são as necessidades e os desejos daquele pessoal.
  2. Definir problemas a serem sanados e metas a serem alcançadas é uma nova etapa do processo de criação baseado no Design Thinking. Depois de entender a rotina da empresa, é chegada a hora de sentar e colocar tudo o que foi observado no papel.
  3. Discutir ideias – fase que muitos chamam de brainstorm – também emerge como um ponto alto deste processo que é muito colaborativo. Contar com a troca de experiências com outros profissionais da mesma área promove riqueza de conhecimentos e maior percepção sobre pontos fortes e pontos fracos dos projetos. Participar de bate-papos descontraídos ou mesmo investir em uma troca de ideias junto a colegas de trabalho auxilia na criação de um projeto muito mais dinâmico e inteligente.
  4. É chegada a hora de começar a desenhar o projeto, tirando as ideias da cabeça e disponibilizando-as, de forma intuitiva e clara, no projeto arquitetônico. Nesse momento o profissional conta com o auxílio de fornecedores de qualidade para ajudar a construir o melhor ambiente, com as melhores soluções em iluminação, mobiliário e estrutura tecnológica, para a consolidação de um espaço humanizado e totalmente adequado às necessidades do cliente.
  5. A implementação do projeto não é a fase final do mesmo. Depois do projeto entregue, aprovado e da obra finalizada, é interessante que o arquiteto permaneça em contato com essa empresa para ver como está sendo a utilização do espaço no dia a dia daqueles profissionais. É o que chamamos de análise de pós-ocupação. Isso fará com que pequenos ajustes possam ser efetuados trazendo ainda mais satisfação para todos os ocupantes daquele ambiente.

É importante observar que é muito mais natural para o arquiteto entender os conceitos do Design Thinking do que, por exemplo, para um profissional que não está habituado a lidar com pessoas. Assim, ao relembrar os principais conceitos da arquitetura – que foi criada para projetar para o ser humano – o profissional já está trazendo à tona uma das principais dinâmicas do Design Thinking. Aliar esse conhecimento à máxima de que fazer velhas coisas para mundos novos não funciona é uma boa chave para iniciar esse formato de trabalho.

Comentários em “Design Thinking – O que é e por que envolve a arquitetura
  1. Texto esclarecedor. O Design Thinking é um aferramenta bem mais completa para desenvoler projetos de arquitetura com a participação dos reais usuários e colaboaração entre membros das equipes de projeto.

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