Com inovação, arquitetura contribui com a sustentabilidade

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Projeto quer utilizar plástico reciclado para construir casas populares. Crédito: Divulgação/Othalo
Projeto quer utilizar plástico reciclado para construir casas populares. Crédito: Divulgação/Othalo

Arquitetos e urbanistas também estão unidos para a construção de um mundo mais sustentável, onde a existência humana deixe de impactar negativamente o meio ambiente. A biofilia vem ganhando adeptos (clique AQUI para saber mais sobre esse tema) e as propostas de preservação do planeta estão cada dia mais fortes. Apontada como um dos principais problemas da atualidade, a poluição plástica gera preocupação e desperta, nos profissionais mais engajados e adeptos à inovação, gatilhos de oportunidades.

Segundo estudo da WWF, cerca de 10 milhões de toneladas de plástico vão parar anualmente nos oceanos e, nesse ritmo, até 2030 teremos o equivalente a 26 mil garrafas de plástico a cada quilômetro quadrado de mar. O problema, no geral, não está no plástico em si, um material que contribuiu grandiosamente para a urbanização, mas sim na forma como o consumimos e o descartamos.

“O plástico não é inerentemente nocivo. Infelizmente, a maneira que indústrias, governos e sociedade lidam com ele, o transformando em uma conveniência descartável de uso único é que o transformou em um desastre mundial”, diz o estudo. E se devemos mudar a forma como consumimos e descartamos o plástico, nada como tentar dar vida ao plástico já utilizado.

A partir de 2022 as moradias serão construídas na África Subsaariana que tem uma necessidade enorme de casas para a população mais carente. Crédito: Divulgação/Othalo
A partir de 2022 as moradias serão construídas na África Subsaariana que tem uma necessidade enorme de casas para a população mais carente. Crédito: Divulgação/Othalo

Para isso, a arquitetura tem trazido muitas inovações, entre elas uma novidade internacional recentemente divulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio do UN-Habitat, programa de desenvolvimento urbano sustentável e de habitação, que chamou a atenção do globo: um projeto para a construção de casas populares com plástico 100% reciclado.

O projeto é resultado da união da startup norueguesa Othalo com o arquiteto belga Julien De Smedt e eles pretendem utilizar um dos problemas mais urgentes do planeta – a poluição gerada pelo consumo do plástico – para sanar outra necessidade – a escassez de moradias populares de qualidade. Para isso contarão com uma tecnologia que permite a produção de elementos para a construção civil tendo, como base, o plástico 100% reciclado.

Cada casa de 60m² construída nesses moldes recicla 8 toneladas de resíduos plásticos. Crédito: Divulgação/Othalo
Cada casa de 60m² construída nesses moldes recicla 8 toneladas de resíduos plásticos. Crédito: Divulgação/Othalo

Essas casas serão projetadas para sanar a alta demanda por moradias da África Subsaariana, auxiliando quase 1 bilhão de pessoas que vivem em favelas locais. Segundo divulgado pelo projeto, são necessárias cerca de 160 milhões de residências e essa necessidade deve aumentar para 360 milhões até 2050, visto que a urbanização não para.

Nos próximos 18 meses, a Othalo trabalhará no desenvolvimento desses materiais com base em plástico reciclado para, então, em meados de 2022, passar a construir as moradias. Segundo compartilhado pelo projeto, uma casa de 60m² projetada pela Othalo recicla 8 toneladas de resíduos plásticos. Confira o vídeo que eles compartilharam abaixo para entender mais a respeito do projeto. E vamos acompanhar e torcer para que esse time consiga unir o útil ao agradável.

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