Xô sedentarismo – Ambiente corporativo pode impulsionar o fim da inatividade física

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Xô sedentarismo - Ambiente corporativo pode impulsionar o fim da inatividade física

Você sabia que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o sedentarismo pode adoecer 500 milhões de pessoas até 2030? Que a falta de atividade física regular desencadeia problemas cardíacos, obesidade, diabete e outras doenças não transmissíveis que alteram o funcionamento do corpo humano e prejudicam a saúde física e mental?

O problema é grave. Tanto que a OMS faz um apelo aos governos do mundo todo para a implementação de recomendações para que todas as pessoas, independentemente da faixa etária, incluam atividades físicas em suas rotinas. As diretrizes sugerem de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica de moderada a vigorosa por semana para todos os adultos. Se formos considerar apenas os dias úteis, a ideia é que todos nós pratiquemos exercícios pelo menos meia hora por dia.

Será que as empresas podem auxiliar na melhoria da qualidade de vida e saúde dos profissionais sedentários? Acreditamos que sim! 

O padrão da jornada de trabalho no Brasil é de oito horas diárias. Permitir que os colaboradores retirem, desse período, 30 minutos para investir em uma atividade física não é desperdício de tempo produtivo. É investimento em prevenção e saúde. E, com isso, a garantia de menor absenteísmo, profissionais mais saudáveis, ativos, dinâmicos e motivados.

Claro que, aqui, podemos pensar em estratégias de recursos humanos que fomentem a prática da atividade física, como a inclusão de benefícios específicos para esse fim, parcerias com academias, assessorias esportivas, personal trainers, etc. Mas o ambiente de trabalho também tem um papel fundamental nessa estratégia.

Até porque há tempos já saímos daquele modelo onde cada um tem o seu posto fixo de trabalho, senta em sua cadeira às 8h e só sai de lá para almoçar e depois para ir embora (felizmente, visto que estudo publicado no JAMA Cardiology sugere que pessoas que ficam mais de oito horas por dia sentadas têm 50% mais chance de sofrer ataques cardíacos e AVCs). Agora estamos sempre focados em idealizar ambientes flexíveis, que estimulam a circulação das pessoas. Esse já é um bom começo, afinal, qualquer movimento conta! Mas é possível ir mais longe!

Que tal aproveitar um ambiente que não é muito utilizado na rotina dos profissionais e transformá-lo em uma academia corporativa? O local pode oferecer equipamentos como esteiras, bicicletas ergométricas, escadas, halteres, caneleiras, colchonetes e outros utensílios que auxiliam a prática de uma atividade funcional. Para garantir que ninguém se machuque, a empresa pode contratar um profissional de educação física para instruir os interessados em determinados períodos do dia.

Existem, também, outras soluções que podem ser acopladas ao espaço de trabalho. O mercado – que não perde uma tendência e possibilidade de inovação – já inventou, por exemplo, pedais de bicicleta que podem ser colocados abaixo das bancadas de trabalho para as pessoas pedalarem enquanto trabalham. Há mesas com regulagem de altura para que as pessoas possam trabalhar um período sentadas e, depois, outro período em pé.

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Demonstração em estande da Feira Orgatec, realizada na Alemanha em outubro de 2022. Trata-se de uma estação de trabalho com esteira para o colaborador trabalhar fazendo exercício.Crédito: Lisandra Mascotto. CLIQUE NA IMAGEM PARA VER O VÍDEO
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Essa mesa com regulagem eletrônica de altura da RS Design permite que a pessoa trabalhe em pé ou sentada.

Pesquisas estimam que a cada 1 dólar investido na saúde do colaborador retorna 4 dólares em produtividade. De acordo com uma matéria publicada na Você RH, uma empresa que disponibilizou um educador físico para os funcionários conquistou resultados surpreendentes após quatro anos da implementação da estratégia: a quantidade de colaboradores hipertensos caiu de 85% para 16%. Como consequência, a empresa também ganhou com a redução dos afastamentos por questões de saúde.

Além disso, há um grande reconhecimento do mercado, que valoriza companhias que investem no bem-estar dos seus colaboradores. Das melhores empresas para trabalhar selecionadas pela Great Place to Work no ano passado, 19% oferecem reembolso ou algum valor para uso em academias. Uma ótima abordagem para atrair e reter talentos, principalmente para as pequenas empresas que querem crescer e se desenvolver com excelentes profissionais em um mercado extremamente acirrado e competitivo.

Diante de todo esse contexto, os profissionais de arquitetura, alinhados com as percepções da empresa, podem projetar espaços que promovam o movimento, estimulem a saúde e a prática de atividade física mesmo durante a jornada de trabalho. Os colaboradores passam bastante tempo imersos em atividades profissionais. Se estiverem bem, vão trabalhar melhor e mais felizes.

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