Com ou sem propósito?Companhias buscam sentido para melhorar ambiente e produtividade

Neuroarquitetura
Escritório com mobiliário da RS Design projetado para promover o encontro dos talentos da empresa de forma dinâmica, interativa e informal.
Escritório com mobiliário da RS Design projetado para promover o encontro dos talentos da empresa de forma dinâmica, interativa e informal.

Diante de tantas inversões que vivenciamos no mundo corporativo, uma vem ganhando cada vez mais força: os trabalhadores não almejam, como prioridade, apenas um salário maior ou mais benefícios quantificáveis; hoje eles querem trabalhar por algo, sentir-se parte da empresa, ter, enfim, um propósito para estar ali todos os dias cumprindo suas tarefas.

Matéria de capa da última edição da Revista Exame, a busca por propósito ultrapassou a barreira dos conceitos unicamente pessoais para mergulhar no âmbito profissional. Quem é feliz no trabalho, tem mais qualidade de vida e mais motivação para encarar as rotinas. Segundo pesquisa internacional mencionada na publicação e realizada pela consultoria Gallup, 85% dos empregados não se sentem engajados no trabalho.

E o cenário do Brasil pode ser ainda mais desanimador: estudo realizado pela consultoria McKinsey e divulgado na matéria da Exame mostra que os profissionais brasileiros veem menos significado no trabalho do que a média das pessoas de 100 países pesquisados. Enquanto nós, no Brasil, atingimos uma nota de 4,5 (em uma escala de zero a 10) no quesito “motivação no trabalho”, o resto do mundo atingiu nota 5,5.

E o que podemos fazer para iniciar um contra-ataque e reverter esse panorama negativo? Mais uma vez recorremos às pesquisas para mostrar que empresas que têm propósitos e objetivos bem definidos conseguem obter mais produtividade e motivação de suas equipes. Pesquisa da EY realizada junto a 42 países mostra que quando a empresa tem um propósito claro os funcionários ficam três vezes mais motivados a permanecer na companhia e que isso faz com que o retorno para os acionistas seja 10 vezes superior.
Tudo isso significa que hoje é sabido que as empresas têm um papel fundamental na busca pela felicidade e pelo propósito de vida das pessoas. Para trabalhar em conjunto com os profissionais, algumas empresas vêm adotando medidas como integrar os trabalhadores às tomadas de decisões entregando a eles, inclusive, algumas ações da companhia. Outras investem em apoiar ações sociais para desvincular a imagem de que uma empresa visa apenas o lucro.

Mas o que pode ser feito em termos de infraestrutura e arquitetura para auxiliar a empresa a fomentar esse propósito, levando-o a todos os colaboradores?

Com um propósito já bem definido, as empresas podem utilizar a arquitetura e a decoração para reforçar esse objetivo por meio das características estéticas do espaço corporativo. Definição de cores, de materiais e revestimentos são capazes de promover sensações bastante específicas.

O ambiente também dita o ritmo da empresa, definindo o quanto as pessoas poderão se comunicar, se relacionar, qual a liberdade que elas terão para estar em contato com os colegas e o quanto elas poderão interagir entre si. Uma das ideias é estimular o contato social. Criar ambientes de circulação onde as pessoas se encontrem ao se movimentar dentro da companhia, incentivar – por meio de espaços criados especificamente para isso – a troca de experiências. E permitir que os profissionais tenham liberdade física para trabalhar não somente em sua mesa de trabalho, mas em qualquer local dentro do escritório onde ele se sinta confortável.

Esse estímulo à sociabilidade já tem sido, inclusive, adotado por diversos departamentos de Recursos Humanos mundo afora. Segundo a Revista Exame, a Unilever que tem mais de 161 mil funcionários no mundo, motiva os profissionais a encontrarem seus propósitos por meio de uma ação na qual um profissional de RH da companhia se reúne, ao longo de um dia, com um grupo formado por quatro pessoas para conversar sobre experiências da infância, gostos pessoais e para refletir sobre ambições, aptidões vinculadas à vida profissional.

A promoção do contato – que antes era muito visto como “perda de tempo”, afinal se o funcionário não estivesse produzindo 100% do tempo em que estava alocado no escritório ele era malvisto tanto pelos colegas quanto por seus superiores – hoje já é observado como uma vantagem.

As empresas perceberam que é preciso motivar para produzir e, consequentemente, lucrar. E a arquitetura vem trabalhando tanto para garantir o bem-estar e a saúde desses trabalhadores quanto para aumentar as margens de lucro das companhias. Você pode inclusive ler mais sobre alguns dos temas que promovem engajamento dentro dos ambientes de trabalho clicando AQUI para visualizar alguns dos posts que já fizemos sobre o tema.

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