Matéria recente da Revista Exame traz uma manchete impressionante: 86% dos funcionários mudariam de emprego por saúde mental. O texto, que tem, como base, uma pesquisa realizada pelo Infojobs, HR Tech focada no desenvolvimento de soluções para a área de Recursos Humanos, enfatiza que o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional se transformou no sonho prioritário de muitos brasileiros.
Uma grande parcela da responsabilidade por contribuir com esse balanço positivo está na cultura corporativa. Quando o alto escalão entende que saúde mental e saúde emocional têm impacto direto na produtividade, na qualidade de vida e na motivação das equipes, essa percepção começa a ser disseminada e garantir um ambiente de trabalho harmonioso e agradável para todos se torna propósito das companhias.
Nesse sentido, o layout dos espaços surge como uma ferramenta de promoção de saúde em suas diferentes vertentes.
O estudo, que foi realizado entre agosto e setembro de 2023 e envolveu mais de 2 mil pessoas, relata que 61% dos trabalhadores não estão satisfeitos ou felizes no trabalho. Dos entrevistados, 76% declararam conhecer alguém que precisou se afastar das atividades por questões psicológicas (como, por exemplo, o burnout).
Como mencionado, é preciso incorporar a preocupação com a saúde mental dos colaboradores à cultura corporativa. Para isso, diversas ações podem ser tomadas desde ofertar suporte com psicólogos e canal de escuta ativo até treinar o time de RH para ficar atento a potenciais sinais e sintomas entre os colaboradores.
Do ponto de vista estrutural, existem diversas questões que impactam a qualidade de vida no ambiente corporativo, entre elas:
Desconforto sonoro – A utilização de produtos acústicos torna o ambiente mais agradável, reduzindo ruídos provenientes das atividades cotidianas. Isso é importante, pois já foi cientificamente comprovado que um local ruidoso é gatilho para estresse e crises de ansiedade.
Falta de privacidade – É preciso oferecer locais onde as pessoas possam trabalhar concentradas ou mesmo atender a ligações pessoais durante o expediente sem se sentirem observadas ou julgadas. As Cabines Acústicas são mobiliários indicados para esses casos, pois permitem a realização de atividades com mais privacidade e conforto acústico, o que favorece a capacidade de foco das pessoas, diminuindo a ansiedade e o estresse.
Baixa luminosidade e ventilação naturais – Quanto maior a abertura para a natureza dentro do espaço corporativo, melhor. Substituir, em partes, o ar condicionado e as lâmpadas por janelas amplas é sempre positivo para o bem-estar.
Ausência de biofilia – Somos seres naturais e precisamos do contato com a natureza. Quanto mais artificial for o escritório, menor vai ser a agradabilidade dele. A implementação do design biofílico com inserção de verde, formas orgânicas, tons terrosos, aromas naturais e outras estratégias é sempre um bom caminho promotor de saúde mental.
Redução da sociabilidade – Não criar espaços onde as pessoas possam se encontrar para conversar, trocar ideias e criar vínculos emocionais torna o ambiente mais solitário, mesmo que repleto de pessoas. Além de seres naturais, somos seres sociais e precisamos do contato humano.
Falta de diversidade – Uma empresa é formada por pessoas diversas e cada perfil tem necessidades específicas que podem ser atendidas pelo layout dos escritórios. Reconhecer que os colaboradores são diferentes, se sentem estimulados ou minados por questões diferentes, é respeitar a individualidade. Assim, promover diversidade de espaços para trabalho é ideal. Para isso, pode-se apostar na aplicação de bancadas coletivas somadas a estações fixas, sofás e pufes junto a cadeiras ergonômicas, áreas de silêncio total e áreas compartilhadas.
O que é mais importante é que as empresas entendam que respeitar o ser humano, suas necessidades e promover um ambiente adequado para que ele mantenha a sua saúde física e mental em dia é garantir um time feliz, motivado e produtivo.
