Perfil do cliente de arquitetura: Diferenças entre projeto corporativo e residencial

Projetos corporativos

Perfil de cliente - Residencial e Corporativo

Para o arquiteto, que lida diariamente com diferentes tipos de clientes, conhecer os perfis de cada um contribui para que o projeto seja encaminhado com muito mais tranquilidade em todas as suas etapas. É durante este contato inicial que são analisados desejos e necessidades de cada caso para que as melhores soluções sejam traçadas, garantindo sempre um excelente resultado final.

E, se você acredita na máxima de que “cliente é tudo igual”, está na hora de deixar de lado esta percepção. Na arquitetura podemos identificar diferentes perfis de clientes, principalmente quando lidamos com projetos corporativos no comparativo a projetos residenciais. E, para abordarmos essas diferenças com clareza, conversamos com dois profissionais da área.

Gisela Miró é arquiteta com pós-graduação em Design de Interiores e afirma que, normalmente, projetos comerciais são mais urgentes. “Ambientes corporativos acabam tendo mais pressa para serem finalizados, o que exige planejamento e tomada de decisões mais rápidos. Além disso, precisamos sempre prever possíveis expansões de equipe, ou seja, um projeto empresarial não deve se limitar à quantidade atual de pessoas compondo aquele time, mas considerar sempre locais de trabalho extras para novos profissionais que chegarão”, comentou ela que atua há sete anos oferecendo soluções criativas em Curitiba, Paraná.

Já Daniel Fazenda Freire, que é engenheiro civil e também está habituado a lidar com estas duas vertentes, enxerga uma grande diferença no atendimento oferecido. “Ao solicitar um projeto corporativo, o cliente normalmente tem uma definição bem clara das suas necessidades e do orçamento aprovado para o todo, enquanto nos projetos residenciais são pontos que variam muito”, detalha ele que destaca, também, que um dos grandes desafios no caso da criação para espaços comerciais é conseguir alinhar o projeto à verba disponibilizada sem abrir mão de alta qualidade e prazos interessantes e justos.

Conforto, ergonomia e mobiliário
Muitas vezes, o arquiteto que atua com projetos corporativos se vê obrigado a destacar, para seu cliente, a importância de não limitar a escolha do mobiliário apenas ao custo e aos prazos de entrega. É fundamental apostar em conforto e ergonomia para garantir o melhor ambiente de trabalho à equipe. Por isso é indispensável que o arquiteto conheça a rotina de toda a empresa para que consiga aplicar as regras de ergonomia garantindo a funcionalidade, produtividade e motivação do corpo de trabalho.

Enquanto no projeto residencial as rotinas são muito mais parecidas de forma geral, no corporativo não é bem assim. Cada caso realmente é um caso e deve ser analisado em detalhes. “Em projetos residenciais temos mais maleabilidade, enquanto no corporativo as normas acabam sendo muito mais específicas e detalhistas”, comenta Freire.

Rotina burocrática
“Há algum tempo, um projeto comercial acabava envolto em mais burocracias devido às grandes exigências de edifícios comerciais e órgãos fiscalizadores. Porém, recentemente essa realidade mudou quando toda e qualquer alteração arquitetônica passou a exigir, obrigatoriamente, um projeto apresentado junto com o RRT (Termo de Responsabilidade Técnica). Desta forma, obras residenciais também encaram mais rigor”, declara Gisela mencionando a NBR 16.280, da ABNT, que prevê exigências para a reforma de qualquer tipo de imóvel.

Confira, abaixo, uma lista das principais diferenças entre o cliente corporativo e o cliente residencial. Obviamente estas não são regras, mas pontos que podem ser encontrados na elaboração destes diferentes projetos.

Alinhamento com fornecedores
A comunicação direta entre arquiteto e fornecedores diversos é um dos pontos que refletem diretamente no resultado final do projeto. Se nas obras residenciais esse detalhe é importante, no caso de obras comerciais e corporativas é ainda mais fundamental. É necessário que o arquiteto esteja totalmente alinhado com seus fornecedores, tendo sempre em mãos um cronograma que deverá ser seguido à risca para evitar qualquer tipo de atraso. Afinal, quando um parceiro deixa de cumprir seus prazos ele interfere no cronograma como um todo, atrasando todas as instalações que viriam na sequência.

Além disso, a presença do arquiteto acompanhando cada etapa da obra garante a qualidade dos serviços prestados e evita posteriores consertos, retrabalhos e atrasos gerais.

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