Arquitetura e bem-estar no trabalho

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Graphic designers in a meeting

O arquiteto é sempre um bom observador. Vamos, então, aproveitar esse momento para analisar como nossos colegas, amigos e parentes se comportam em seus locais de trabalho. Eles parecem felizes e satisfeitos? Ou estão desmotivados e desanimados?

Para entender como cada país age nesse quesito e, consequentemente, ajudar a melhorar essa sensação de bem-estar nos espaços corporativos, a Edenred-Ipsos, associação resultante da união de duas empresas, vem desenvolvendo um estudo anual sobre as percepções e as expectativas dos empregados. A ideia é identificar as principais queixas e o que os trabalhadores realmente pensam sobre suas condições de trabalho. Para isso, criou a pesquisa Edenred-IpsosBarometer que já entrevistou mais de 14 mil profissionais em 15 países.

E pensando no ranking geral do bem-estar no trabalho, o Brasil ocupa uma honrosa terceira colocação, empatado com Estados Unidos e Chile, os três com 77% dos entrevistados demonstrando satisfação quanto ao bem-estar no trabalho. Na liderança está a Índia (88%) seguida pelo México (81%). Em contrapartida, o Japão está em último lugar com apenas 44% dos entrevistados locais mostrando-se contentes com seus trabalhos.

Mas o estudo chega a um patamar mais detalhado, especificando que o bem-estar profissional está baseado em três principais fatores: ambiente de trabalho, valorização profissional e emoção. E para cada um desses tópicos, dividiu os países em quatro níveis (do melhor para o pior). E é aqui que conseguiremos entender melhor o que é preciso para conquistar ainda mais nossos profissionais.

Tenhamos por base o Japão, que está com uma média bastante baixa e, portanto, precisa se preocupar para melhorar o bem-estar de seus profissionais. O país asiático tem a melhor nota para o Ambiente de Trabalho, porém a pior nota em termos de Emoção. Já o cenário brasileiro é justamente o inverso: a melhor nota no fator Emoção e a pior nota no fator Ambiente de Trabalho.

Por que toda essa diferença? O que podemos aprender com base nesse estudo?

Brasileiros são costumeiramente mais emotivos, mais acolhedores e afetuosos. São características culturais bem diferentes das encontradas no Japão. E o tópico Emoção visa justamente isso, destacar a alegria de ir todos os dias para o trabalho; o interesse na função desenvolvida; a criação de um ambiente estimulante; e a confiança do futuro dentro da equipe em que atua. Já o tópico Ambiente de Trabalho envolve, além da gestão das equipes, do equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e da clareza do que os gestores esperam; a sensação de que todos os equipamentos e materiais à disposição do funcionário são realmente adequados.

É justamente aqui que o arquiteto entra com toda sua expertise para contribuir com a melhoria do bem-estar profissional. No Brasil, essa é, sem dúvida, uma excelente oportunidade para a criação de projetos estratégicos e inovadores, que visam o bem-estar e a retenção de talentos. Quem estiver interagindo de forma direta tanto com os departamentos de recursos humanos das empresas quanto com seus funcionários, será capaz de criar espaços de trabalho muito mais harmoniosos e humanizados.

Além dos países já citados, também participam da pesquisa Alemanha, Bélgica, China, Espanha, França, Itália, Polônia, Reino Unido e Turquia.Os dados são referentes à 2016, data da última pesquisa divulgada pela Edenred-Ipsos.

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